Olá, Sonhadores! O Nome da Rosa, de Umberto Eco, é uma obra fascinante que combina elementos de mistério, filosofia e história. Quando me convidaram para ler este livro junto com outras duas pessoas, confesso que fiquei receoso. Achei que a escrita seria pesada e difícil de acompanhar. Felizmente, estava enganado. Embora a leitura seja densa, isso se deve à riqueza de filosofia e à complexa contextualização histórica, e não à linguagem em si.
“Os livros não são feitos para se crer neles, mas para serem submetidos a investigação.”
Um Mistério Policial em Plena Idade Média
O que me atraiu para esta leitura foi o fato de ser uma ficção policial ambientada em um cenário incomum para o gênero: um mosteiro na Idade Média. A história entrega todos os elementos que os fãs de investigação adoram, mas com o diferencial de ocorrer em um período histórico que é ricamente explorado ao longo da trama.
A narrativa acompanha Adso, um jovem que vive sob a tutela de seu mestre, Guilherme de Baskerville. Tudo começa quando os dois chegam a um mosteiro que, em poucos dias, será palco de uma importante reunião entre representantes da Igreja. Contudo, sua chegada coincide com um crime misterioso que ameaça comprometer a dignidade da abadia e de seus monges.
Guilherme, conhecido por resolver casos complicados, é chamado para investigar o ocorrido. No entanto, ele logo percebe que o mosteiro guarda segredos profundos, e os monges parecem mais interessados em ocultar certas verdades do que em ajudar na solução do caso.
Complexidade dos Personagens e do Contexto Histórico
Algo que me desafiou ao longo da leitura foi acompanhar o grande número de personagens. Para leitores que, como eu, têm dificuldade em lembrar nomes, isso pode ser um pequeno obstáculo. No entanto, os personagens são bem construídos e desempenham papéis importantes no desenvolvimento do enredo.
Outro ponto que torna o livro uma leitura densa é a detalhada contextualização histórica e as discussões filosóficas que permeiam a narrativa. Essa riqueza de informações é o que eleva O Nome da Rosa ao status de grande obra literária. Embora eu saiba que não absorvi nem um terço de todo o conteúdo filosófico, as reflexões são profundas e acrescentam muito à experiência.
Outros livros que podem te interessar:
- Nêmesis – Agatha Christie
- O Código da Vinci – Dan Brown
- O Alquimista – Paulo Coelho
- Tre Insoliti Delitti – Matteo Strukul
- 21 Lições Para o Século 21 – Yuval Noah Harari
O Mistério Que Prende o Leitor
Para mim, o grande destaque foi o mistério central. As motivações, as pistas e o desfecho foram simplesmente incríveis. A escolha do mosteiro como cenário para uma investigação policial foi genial e deu um tom único à história.
O final foi satisfatório tanto pela resolução do mistério quanto pelas revelações sobre o culpado. É importante prestar atenção nas conversas filosóficas ao longo do livro, pois elas ajudam a compreender as motivações dos personagens e a profundidade da trama.
Recomendações para Leitura e Adaptação Cinematográfica
Se você gosta de histórias investigativas que vão além do mistério e exploram temas como filosofia, religião e poder, O Nome da Rosa é uma leitura obrigatória. Embora desafiador, o livro recompensa o leitor com um enredo envolvente e reflexivo.
Para quem preferir algo mais visual, há também uma adaptação cinematográfica da obra, que recomendo assistir após a leitura. Ambas as versões oferecem experiências enriquecedoras e complementares.
Avaliação
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O Nome da Rosa
Umberto Eco
ISBN: 978-85-010-8140-7
2016 – Record
560 páginas
Português (Brasil)
Sinopse
Durante a última semana de novembro de 1327, em um mosteiro franciscano na Itália, paira a suspeita de que os monges estejam cometendo heresias. O frei Guilherme de Baskerville é, então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão interrompida por excêntricos
assassinatos. A morte, em circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias, conduz uma narrativa violenta, que atrai o leitor por seu humor, crueldade e erotismo.
[…] O Nome da Rosa – Umberto Eco. Se tem uma leitura minha desse ano que foi sofrida, foi desse livro. Não achei ele ruim, apenas sofri para ler por causa de todo o contexto histórico e filosofias embutidas nele. […]