O Retiro é o segundo thriller policial da autora Sarah Pearse.

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Olá, Sonhadores! Às vezes lemos livros ruins e nunca mais damos outra chance para o autor; às vezes cometemos o mesmo erro; e às vezes podemos nos surpreender. Em 2021 eu trouxe aqui para o blog a resenha de O Sanatório, primeiro livro da autora, que foi meio controverso. Li ele em um clube e a avaliação geral foi unânime: a autora conseguia prender muito nossa atenção e fazer uma história fluida, mas pecava em todo resto. Curiosos para sabermos se ela evoluiu no seu segundo lançamento, decidimos ler. E hoje venho com o resultado!

Sobre o Livro

A história não é uma continuação do primeiro livro, mas mostra a trajetória e o desenvolvimento da protagonista Elin, que é a detetive dos livros. Então você não precisa ler um antes do outro, ou nem precisa ler o primeiro se não quiser. E acredito que o terceiro livro que está para ser lançado em breve vai seguir essa mesma pegada. Dito isso, vamos a trama:

Em um recém-inaugurado resort de luxo localizado em uma pequena ilha, um grupo de irmãs e seus respectivos namorados estão hospedados para tentar fortalecer os laços da família após um período afastados. Mas apesar de moderno e agradável, o local carrega uma vibe estranha devido a uma grande rocha com o formato da morte que é a marca registrada da ilha, e o fato de, antigamente, lá ter sido um colégio interno para alunos problemáticos que teve muitos boatos estranhos na época em que era ativo.

E é claro que se tratando de um thriller que se passa em um ambiente isolado, as mortes logo começariam acontecer. Elin é chamada para investigar a situação, mas seus traumas do passado e o fato de que seu namorado ter uma relação com o resort por ter sido o arquiteto do local, afetam seu desempenho e sua avaliação da situação.

Outros livros que podem te interessar:

• O Sanatório – Sarah Pearse
• Por Trás de Seus Olhos – Sarah Pinborough
• A Última Festa – Lucy Foley
• A Garota do Lago – Charlie Donlea
• A Última Coisa Que Ele Me Falou – Laura Dave

Minha Opinião

A autora conseguiu melhorar e entregar um livro superior ao primeiro? Eu diria que sim. Pelo menos os piores problemas foram resolvidos. Ela conseguiu manter sua característica mais forte que é prender o leitor, mas não precisou usar absurdos para chocar. Dessa vez a estratégia foi bem clara: ela dava a entender algo, mas logo em seguida revelava se tratar de algo completamente diferente. Ela fez isso várias vezes, e nas primeiras funcionou bem, mas chega um ponto que a gente já espera essa jogada.

Mas mesmo tendo melhorado, ela ainda precisa melhorar muito. Especialmente porque hoje em dia qualquer autora de thriller que vendeu muito um livro já começa a ser chamada de “a nova Agatha Christie”. Prém, ela ainda tem um longo caminho se almeja esse título.

Uma das principais características que precisa muito de melhoria é o desenvolvimento dos personagens. Todos são tão chatos que, sinceramente, a gente não se importa se eles morrerem ou não. E pra um tipo de livro que as mortes são o ponto alto, é de grande importância que elas sejam marcantes; não apelando para o absurdo/grotesco, mas impactando as emoções do leitor. Até a própria protagonista, Elin, é extremamente chata com todos os traumas que ela carrega, mas que não conversa com o leitor, não rola uma identificação.

E por falar na Elin, ela carrega um mistério pessoal que permeia os livros, mas que não faz parte da trama principal deles. Então meio que durante as histórias vamos recebendo migalhas para tentar entender o passado da detetive. O problema é que dessa vez foram entregues migalhas mesmo, e ela terminou do mesmo jeito que começou.

Enfim, não é um livro ruim. Para quem não tem uma bagagem muito extensa de thrillers, vai gostar porque é uma leitura fácil que cumpre seu papel de entretenimento. Só que é mais do mesmo, balança uma árvore e cai uma dúzia de livros parecidos. E acho que a autora tem potencial para fazer algo melhor.

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Avaliação

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Skoob – Goodreads

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Sinopse

Um retiro de bem-estar em uma ilha na costa da Inglaterra parece o lugar ideal para descansar. Só que a ilha em questão, conhecida como Pedra da Morte, tem um histórico sombrio. Outrora cenário dos terríveis crimes de um serial killer, é encarada por muitos como um local amaldiçoado. Isso, no entanto, não é o suficiente para afastar turistas, sempre fascinados pela aura misteriosa da ilha. É nesse contexto que chega uma leva mais recente de hóspedes, entre os quais duas irmãs e uma prima que parecem alimentar entre si ressentimentos do passado.
De repente, a paz naquele paraíso é interrompida quando uma mulher é encontrada morta na propriedade. À primeira vista, tudo indica se tratar de um acidente, mas a detetive Elin Warner não consegue deixar de sentir que há algo errado e que o ocorrido pode ser apenas a primeira peça de um enigma muito maior. Mas por que alguém cometeria um assassinato em um retiro luxuoso?
Quanto mais tempo Elin permanece ali, mais segredos descobre. E, quando outra pessoa morre em circunstâncias incomuns, a detetive começa a suspeitar que os boatos que rondam a ilha podem ser verdadeiros. Agora, ela precisa encontrar o assassino ― porque o passado do lugar parece estar se repetindo. Em um esforço para evitar uma tragédia ainda maior, Elin percebe que todos estão em perigo e que cada dia pode nascer trazendo trágicas notícias.