Olá sonhadores! A resenha de hoje será sobre um livro que me interessou pelo fato de propor o estilo clássico de Agatha Christie de isolar x personagens em um lugar, um assassinato acontecer e precisarmos encontrar o culpado! Porém, aplicado aos dias de hoje com um grupo de amigos um pouco… curioso. Vamos entrar em A Última Festa e falar um pouquinho do que esse livro tem a oferecer!
“Acho que todos nós temos versões diferentes de nós mesmos.“
Sobre a História
Um grupo de nove amigos que costuma se reunir todo ano desde que terminaram a universidade decide passar o fim do ano juntos em uma casa de campo isolada no norte da Escócia. Porém, desde a viagem de trem que os está levando até lá, você percebe que tem algumas coisas erradas nessas amizades e que, com certeza, algum conflito vai acontecer com eles passando esse tempo isolados juntos. E quando eu digo “isolados” é realmente isolados, pois enquanto estiverem lá, a neve impede de saírem ou serem resgatados. E como se essa situação já não fosse o suficiente, ao chegarem no local o grupo é recebido por dois funcionários um pouco suspeitos e descobrem que vão ter que dividir o lugar com um casal de Islandeses ainda mais esquisitos.
O diferencial dessa história é que desde o começo você sabe que um desses amigos foi assassinado enquanto estava lá, mas o interessante é que você não apenas não sabe quem é o assassino, mas também não sabe quem foi a vítima! A narrativa vai se passar desde a chegada, mostrando todas as interações e intrigas do grupo e do mistério que envolve aquele lugar, até o momento final, onde o assassinato ocorre!
Minhas Considerações
Quando eu vi qual era a proposta do livro eu fiquei super curioso. Imagina só: além de eu tentar descobrir quem é o assassino, vou tentar descobrir também quem foi a vítima! Na prática posso dizer que funcionou bem, mas foi um pouquinho óbvio demais. Mas tudo bem, parando pra pensar depois da para entender que foi a melhor opção para a história.
Além desses dois mistérios, ainda tem um terceiro: o que se esconde por trás da casa que eles escolheram para ficar? Esse mistério se entrelaça com o caso principal e cria uma trama interessante.
No geral a história é bem construída, mas nem tudo é perfeito. O problema para mim fica por conta dos personagens. Não por serem insuportáveis como vejo muita gente reclamando, afinal o fato dos personagens serem tão problemáticos fazem parte da construção da histórias. O problema é que, para mim, é muito irritante ver personagens adultos se comportando como se tivessem 16 anos. Já que eles seriam abordados dessa forma, então que fizesse eles mais jovens de uma vez, seria mais fácil de aceitar.
Tirando esse monte de questão mal resolvida que os personagens tem com a adolescência, foi uma leitura boa que eu recomendo. Apenas não vá ler com as expectativas tão altas.
“Ás vezes a solidão é a única maneira de recuperar a sanidade.“
Avaliação
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A Última Festa
Lucy Foley
ISBN: 978-85-510-0572-9
2020 – Intrínseca
304 páginas (Pt/Br)
Sinopse: Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.
Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A Última Festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?