Olá, Sonhadores! O post de hoje é muito especial. O tema da Aliança dos Blogs desse mês é Quadrinhos e, enquanto eu pensava sobre o que eu escreveria, lembrei que durante minha infância eu fazia minha própria série de HQ! Elas eram historinhas protagonizadas pelos bichinhos de pelúcia meus e da minha irmã. Então decidi que abriria um pouco meu passado aqui e falaria sobre isso na postagem de hoje.

Hoje em dia eu não tenho muito contato com crianças, mas acredito que em algum momento cada uma vai inventar a sua historinha. Eu pelo menos era muito assim. Cada brincadeira era uma fonte inesgotável de narrativas. Eu e minha irmã brincávamos bastante juntos e, em determinado momento, começamos a brincar com nossas pelúcias, dando a cada uma delas uma personalidade única. Com o andar das brincadeiras, um background foi surgindo nas “histórias de vida” dessas pelúcias, até que eu percebi que seria uma ótima ideia escrever essas histórias. E como eu gostava de desenhar, porque não juntar o útil ao agradável e fazer em formato de HQ? Foi assim que tudo começou.

Eu não tenho elas aqui para ilustrar, então tentarei descrever como eram. Apesar de eu gostar de desenhar, minha ânsia por contar a história era muito maior, então eu fazia os quadrinhos da forma mais simples possível: preto e branco e com traços simples. Cada história era composta por mais ou menos 20 quadrinhos do mesmo tamanho (que era o que cabia numa folha de sulfite), e as histórias mais longas eram divididas em duas partes.

Eu não sei porque, mas nós tendíamos muito a comédia. As personalidades das pelúcias tinham sempre uma característica cômica e, claro, cheias de estereótipos. As situações que as personagens passavam também, se não era pura palhaçada, tinham pelo menos um toque de comédia no meio. Eu lembro que era muito divertido fazer e eu mesmo ria do que escrevia hahaha

Apesar de ter mais de 10 personagens diferentes, alguns eram mais protagonistas. Esses destaques da minha irmã eram um trio de ursos que eram irmãos: Fofão, o mais velho. Fofinho, o irmão do meio. E Fofinha, a irmã caçula. Sim, os nomes super não criativos foram dados por ela e depois viraram parte da piada. Da minha parte, o destaque era para o meu eterno cachorro de pelúcia, o Monrou (que inclusive já apareceu numa foto de uma resenha aqui no blog, fica aí o Easter Egg).

Depois de diversas historinhas feitas, eu decidi fazer uma série de 10 capítulos para unificar o Pelúciaverso. Cada capítulo era focado em um personagem e onde ele estava e o que estava fazendo durante um certo evento que une a história de todos eles. Eu confesso que quando eu peguei pra reler ela anos depois, eu fiquei impressionado com minha capacidade de elaborar uma trama tão complexa.

Relembrar disso sempre é muito nostálgico para mim e me faz perceber como é importante não apenas estimularmos a criatividade das crianças, mas também não deixar isso se perder na vida adulta. Você tem alguma história assim na infância? Conta pra mim nos comentários!

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