Olá, Sonhadores! Hoje eu vou ser polêmico por aqui, pois eu sou mega fã de Agatha Christie. Só que dessa vez estou aqui para criticar uma obra dela! Afinal, não é porque a gente é fã que vamos gostar de qualquer coisa dessa pessoa, né? Bom, sem mais enrolações vamos falar um pouco sobre Akhenaton!
“A menos que se haja uma supervisão constante, os fracos são explorados pelos fortes, e leis beneficentes são distorcidas para vantagem dos inescrupulosos.”
Este é um livro um pouco diferente, pois se trata de uma peça de teatro e, de bônus, não é um romance policial. A história se passa no Egito antigo, quando um faraó cai e seu inexperiente e controverso filho precisa administrar o pais. Controverso, pois o jovem tinha ideias contrárias aos pensamentos políticos e religiosos vigentes na época e queria transformar a sociedade egípcia conforme suas idealizações. A história está lotada de intrigas, debates sobre o que é certo ou errado, e nós, como leitores, não sabemos de que lado ficar, pois ambos tem seus ônus e bônus, assim como é o debate político até hoje.
Ao mesmo tempo que essa parece ser uma trama interessante e bem diferente do que se espera da autora, dá aquela sensação de que vai ser um pouco entediante e chato para a maioria do público da mesma, visto que é absolutamente fora e distante do que ela costuma fazer. Eu não tive esse receio porque já tinha experimentado Agatha Christie fora do elemento policial através de seus livros publicados sob o pseudônimo de Mary Westmacott e tinha gostado. Também não tive a preocupação da história se passar no Egito antigo, pois sem que a Agatha teve uma enorme experiência com arqueologia por causa do segundo marido. E, por fim, também não tive nenhum receio por se tratar de uma peça de teatro e o livro estar escrito em forma de roteiro, visto que já tive experiências de leituras de Shakespeare e adorei.

Infelizmente, mesmo sem nada contra o livro pra mim, eu não gostei. É um livro curto, mas a leitura foi sofrida. Parecia que nunca ia acabar porque tudo era muito repetitivo, nada acontecia, e o principal problema: os personagens eram muito, MUITO chatos. Principalmente o protagonista, o filho do faraó que faleceu. Nossa, que garoto irritante. Os outros personagens, mesmo sendo mais sensatos, ainda assim irritavam também através de suas ações.
Esta obra foi publica pela primeira vez no Brasil agora em 2018, pela editora LP&M e, portanto, eu nunca tinha lido. Estava super empolgado e quebrei a cara demais. Sinceramente, é um livro que eu não recomendo. Sei que a Agatha teve muito sucesso com suas peças de teatro, então talvez essa leitura valha alguma coisa para quem tem interesse nessa área. De resto é dispensável.
“(…) Um homem que vale comprar em geral não se vende.”
Avaliação
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Akhenaton
Agatha Christie
ISBN: 978-85-254-3638-2
2018 – L&PM Pocket
176 páginas (Pt/Br)
Sinopse: As viagens de Agatha Christie ao Oriente Médio influenciaram vários de seus livros, como Morte no Nilo e Aventura em Bagdá. Mas poucos conhecem Akhenaton, peça que escreveu em 1937. Publicada apenas em 1973, a obra é lançada pela primeira vez no Brasil.
Baseada em lendas que lhe foram contadas pelo arqueólogo Howard Carter – descobridor da tumba de Tutancâmon, a quem a autora conheceu em Luxor, no Egito , a história se passa em 1350 a.C., durante o reinado de Akhenaton e Nefertiti. O faraó tenta convencer o povo a abandonar o culto pagão ao deus Amon e se voltar exclusivamente ao deus sol, Aton, o que acabará por suscitar sua trágica queda e a ascensão ao trono de seu genro, Tutancâmon. Com profundo conhecimento do tema, Agatha Christie brinda seus fãs com uma envolvente visão de um dos momentos cruciais da Antiguidade.
Neste mês de Agosto de 2021 estou fazendo o BEDA com postagens diárias aqui nesses 31 dias! Se você gostou do conteúdo não deixe de curtir e seguir o blog para receber notificações quando sair coisas novas e também me segue no Instagram para interagir comigo lá: @leitordossonhos!