O Filho da Luz é o primeiro livro da série Ramsés inspirada no antigo Egito pelo escritor e egiptólogo francês Christian Jacq.

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Olá, Sonhadores! Quem acompanha este blog sabe que eu adoro ler sobre a antiga cultura egípcia. E que forma melhor de conhecer esse cultura do que através de uma ficção de um escritor que é especialista no assunto? Eu soube dessa série de livros aleatoriamente e imediatamente fui atrás comprar para ler. Hoje, depois de ler lido o primeiro volume, venho contar minhas impressões.

Sobre o Livro “O Filho da Luz”

Essa é uma daquelas clássicas histórias de “quem vai suceder o rei quando ele morrer?”, só que, neste caso, é um faraó. Uma das opções é Ramsés, o filho mais novo. Ele tem tudo o que a gente espera de um bom líder. De diversas maneiras, ao longo da trama, sua força, honra e inteligência é testada pelo pai. Porém, pela lei é Chenar, o irmão mais velho, quem deve se tornar o novo faraó. Não que Chenar não tenha grandes habilidades muito úteis para um líder como preferir a paz de uma boa vizinhança do que guerras de dominação, e uma excelente capacidade de manipulação e captação de aliados. Nada disso, o problema de Chenar é sua tendência ao mal, sua ganância, seu ego e falta de limites para conseguir o que quer.

Ou seja, Ramsés é um clássico e óbvio protagonista e Chenar um clássico e óbvio vilão. Mas e então, onde está a graça dessa história? Bem, existem muito mais personagens além deles, cada um com seus próprios interesses, e é nesse maior clima de Game of Thrones Egípcio é que a história fica boa. Tem intrigas, romances, traições, mistérios e aventuras. Muitos elementos para um bom livro.

Outros livros que podem te interessar:

• O Livro dos Mortos do Antigo Egito – E. A. Wallis Budge
• Duna – Frank Herbert
• Cinco Semanas em um Balão – Júlio Verne
• O Castelo no Ar – Diana Wynne Jones
• Ausência na Primavera – Mary Westmacott

Minha Opinião

Eu já começo sendo bem direto: é um bom livro. Não é perfeito (e já vou comentar mais sobre isso), mas no fim acaba sendo uma boa leitura e pretendo sim continuar lendo a série.

Acho que o principal problema aqui é a escrita do autor. Ela não é tão fluída e as vezes a leitura fica maçante. Não sei se isso tem mais a ver com o estilo do autor mesmo, ou se é porque na época em que ele foi escrito as tendências eram outras, não sei. Só sei que em muitos momentos eu demorava para ler porque simplesmente não fluía.

Sobre o que eu comentei da obviedade do protagonista e do vilão, também podemos considerar como um ponto ruim, mas dá para ver que o autor até tenta jogar com nuances dentro deles. Principalmente de Ramsés que as vezes beira ali um erro ou outro. Mas sinto que falta alguma coisa, e espero que isso seja melhor trabalhado nos próximos volumes.

Sobre a cultura egípcia em si, ele é muito presente, não é uma história que poderia se passar em qualquer lugar, realmente é bem imersivo. E é bem interessante como tem muitos paralelos com a sociedade hoje. Geralmente a gente pensa que era um mundo super diferente, mas não. Os mesmos tipos de pessoas daquela época existem hoje, os mesmos medos, anseios, desejos e etc.

Eu sinto que, apesar de ter tido muito conteúdo, esse livro foi uma introdução não apenas a vida de Ramsés, mas ao contexto geral. Tanto que o livro termina com um gancho enorme para o livro seguinte. Não é como as séries mais atuais costumam fazer tendo um começo meio e fim em cada volume e deixando uma ponta para o próximo. Então tenho bastante expectativas sobre as continuações e espero não me decepcionar!

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Avaliação

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Skoob – Goodreads

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Sinopse

Primeiro volume da saga em cinco partes sobre a vida do faraó Ramsés. Ele é um jovem que anseia secretamente substituir o pai no trono do Egito, mas o direito à sucessão pertence a seu irmão, Chenar. Mas quem realmente sucederá o faraó Sethi?