Da Negação ao Despertar é uma obra da Monja Coen que aborda o papel da negação na nossa vida e sociedade.

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Olá, Sonhadores! Uma coisa que não muda é que é sempre um prazer e um conforto ler livros da Monja Coen. O livro de hoje é um que me afetou especialmente, pois ele marca o momento que eu a conheci pessoalmente! Nesta resenha vou falar um pouco sobre o livro em si, claro, mas também sobre essa experiência incrível que foi ver e falar com a Monja Coen.

Nesta obra, a Monja Coen aborda o tema da negação em suas mais variadas ocorrências, apontando em que situações ela surge como um impulso para melhorarmos e quando ela é um grande problema.

O destaque fica por conta da reflexão de que, graças a negação, conseguimos definir também o que é positivo. Por exemplo, no momento que é definido que não devemos matar, concluímos que devemos então dar vida. É o negar que aponta a verdade, que nos estimula a encontrar a via positiva. Esse é um método utilizado não só pelo Budismo, como também por boa parte das outras religiões.

Mas vale ressaltar (e aqui é uma opinião minha, não é mencionado isso no livro), que apesar de nas religiões existirem muitas definições do que pode ou não pode ser, elas justamente não devem ser definitivas e inquestionáveis. Pelo própria lógica budista, o universo está em constante transformação, muitas coisas que faziam sentido no passado, hoje não fazem mais e o mesmo pode acontecer no futuro com as “certezas” que temos hoje. Então quis adicionar aqui este adendo de que tudo é questionável.

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Já na via negativa da negação (olha que engraçado e curioso), existe o que conhecemos como o negacionismo, que é negar os fatos, ignorar o que está diante de nós puramente por motivos egoístas. E quando negamos algo neste sentido, dificultamos a busca pelo solução desse problema, sofremos mais e por mais tempo com algo que de forma prática poderíamos resolver muito antes. Sem contar toda a manipulação social que é quando uma autoridade política nega algo que, infelizmente, o povo não tem como confirmar ou não por vias próprias e acabam seguindo algo cegamente.

E esse tipo de negação prejudicial acontece muito no nosso dia a dia também, não é algo sempre em grande escala. Por exemplo, quando negamos que estamos tendo dificuldades no trabalho e não pedimos ajuda, ou quando negamos mudanças no relacionamento causando conflitos e discussões ao invés de esclarecermos as coisas e tentarmos nos adaptar a elas de forma responsável e saudável.

O livro usa como base a crise do coronavírus para exemplificar os pensamentos da Monja Coen e, como em todos os livros dela, nos trás diversos ensinamentos budistas para refletirmos e aplicarmos na nossa vida. É uma leitura que vale muito a pena, principalmente agora que a mídia parou de dar atenção a isso e que podemos, por nós mesmos, tentarmos entender o que aconteceu e evitar cometermos os mesmos erros.

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Avaliação

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Skoob – Goodreads

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Sinopse

Quando algo causa medo, tristeza ou deixa à mostra o nosso desconhecimento, muitas vezes nosso primeiro impulso é negar aquilo que nos traz esse desconforto. Mas, ao fazer isso, a realidade deixa de ser diferente? Não, não podemos mudar uma realidade que se coloca contra a nossa vontade, mas podemos mudar o modo como pensamos e agimos diante dela. A consciência dos fatos é fundamental para que possamos despertar. Somente assim, poderemos rever nossos comportamentos e transformar o mundo em que vivemos. “Podemos criar causas e condições”, ensina a Monja Coen, que escreveu esse livro durante a pandemia de Covid-19. À luz do zen-budismo, ela reflete sobre os efeitos do negacionismo, de qualquer ordem, na vida de todos nós e destaca: devemos negar, sim, o erro, o falso e, desse modo, estaremos afirmando a verdade e o bem.