Pasta Senza Vino é o romance de estreia de Eduardo Krause que se passa na Itália dos anos 60.
Olá, Sonhadores! Se você gosta da Itália, a resenha de hoje é para você. Neste livro, vamos conhecer um pouco desse país durante os anos 60 através da história de um rapaz italiano com uma vida complicada, mas que sempre tinha tempo para uma paquera. Li esse livro através de um clube de leitura e tivemos um encontro com o autor para conversarmos sobre nossas impressões. Foi muito interessante e vou compartilhar essa experiência para vocês.
“A hora de servir é sempre um momento de desapego. É como entregar um filho a um assassino.”
Sobre o Livro
A história se passa em Florença durante os anos 60 e conta sobre a vida de um jovem italiano chamado Antonello. O rapaz trabalha no restaurante de um amigo de seu pai e sua única função é atrair fregueses para o local. Ele é capaz de executar bem o serviço, mas não é tão responsável. Ele tem uma relação difícil e distante com o pai que nunca superou a morte da esposa e afundou sua vida no álcool. A pena que o dono do restaurante sente pelo velho amigo é a única coisa que o impede de colocar Antonello no olho da rua.
Durante seu trabalho, sendo jovem e atraente, Antonello nunca deixa de conquistar mulheres que passam pelo seu caminho. Especialmente turistas que se encantam e deixam se levar pelo clima romântico da cidade. E é aqui que as coisas começam a mudar na vida do rapaz. Ele conhece uma turista brasileira e acaba desenvolvendo uma relação com ela que vai além de tudo o que ele já viveu.

Outros livros que podem te interessar:
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- O Amor Segundo Buenos Aires – Fernando Scheller
- A História da Arte – E.H. Gombrich
- Inferno – Dan Brown
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Minha Opinião
A princípio, esse livro dá a impressão de ser a história de um belo amor. Um italiano que se apaixona por uma brasileira, passam por distúrbios na relação, mas no fim vivem o amor prevalece e vivem felizes para sempre. Só que não, a história vai muito além disso e por isso me conquistou.
Primeiro temos o desenvolvimento do próprio Antonello que, ao mesmo tempo que é carismático e atraente, é cheio de problemas e deixa o leitor com um pé atrás, sabendo que o tempo todo ele vai tomar más decisões. Segundo, temos a relação de Antonello com o pai que, para mim, é um dos pontos altos do livro. Ela é tratada de forma tão sutil, mas ao mesmo tempo profunda que não causa outra sensação se não aquela de quando nos colocamos no lugar da pessoa e chegamos a conclusão de que nem a gente saberia o que fazer. E, de bônus, existe um mistério por trás da falecida mãe de Antonello. Ela veio do Brasil, mas tinha cortado totalmente a relação com a família.
O romance do livro é obviamente um pilar que faz com que a história progrida e os personagens tenham motivação. Eu confesso que não sou muito fã de romances, mas o que deixa a gente querendo ler essa história é que existe um ar de mistério em tudo. Nunca sabemos se alguém é o que diz ser. E estamos falando dos anos 60, onde não tínhamos facilidades de acesso a informações. Isso é o que fez tudo ficar interessante.
Junto a tudo isso temos uma grande imersão no cenário italiano, tanto pelas descrições que o autor faz, quanto pelas referências e detalhes sobre a cultura que ele coloca ao longo da narrativa. Além disso, sempre que pode, ele utiliza de termos e expressões em italiano que facilmente conseguimos entender pelo contexto e faz tudo ficar ainda mais imersivo.
Como mencionei na introdução, tivemos um encontro como autor para conversarmos um pouco sobre o livro e sua carreira. Ele foi super simpático e nos contou sobre como foi o processo de escrita desse livro. Ele viajou para passar um tempo e Florença e lá veio a inspiração para a história. Ele começou a escreve-la durante sua estadia e terminou quando voltou ao Brasil. Foi seu romance de estreia e não foi muito fácil encontrar uma editora disposta a publica-lo. Mas, quando isso aconteceu, ele ficou super satisfeito e hoje até trabalha para a própria editora. Além disso, já publicou mais um livro chamado Brava Serena (que dessa vez se passa em Roma).
Para quem gosta da Itália e tem interesse em ler livros localizados lá, essa é uma excelente indicação!
“Massa sem vinho é como um beijo sem amor.”
Avaliação
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Pasta Senza Vino
Eduardo Krause
ISBN: 978-85-680-7602-6
2014 – Terceiro Selo
288 páginas
Português (Brasil)
Sinopse
O jovem Antonello Bianchi é um italiano indolente, machista e metido a conquistador. Sua única ocupação é atrair clientes para o restaurante em que trabalha (ou para si, quando for una bella donna). Essa vida de aventuras amorosas sofre uma virada quando ele conhece uma turista carioca, que o leva a atravessar um oceano em plenos anos 60 para compreender o próprio coração. Em tom leve e envolvente, Eduardo Krause apresenta um romance com sabor e graça, os ingredientes da boa literatura.