Jurassic Park - Michael Crichton

Resenha | Jurassic Park – Michael Crichton

Será que alguém ainda nunca ouviu falar do famoso “Parque dos Dinossauros”? Bom, o que eu sei é que muita gente nunca ouviu falar que ele foi baseado em um livro do autor Michael Crichton, lançado nos início dos anos 90 e que será o tema da resenha do hoje.

“A ciência sempre disse que pode não saber de tudo, mas que saberá, mais cedo ou mais tarde. Essa é uma jactância vã.”

Sobre a História

Por mais que estejamos familiarizados com a história do Jurassic Park, vou fazer um breve resumo com algumas particularidades para refrescarmos nossa memória.

Com o investimento do bilionário John Hammond, uma equipe de cientistas consegue uma maneira de trazer dinossauros de volta à vida através do DNA no sangue de mosquitos preservados em âmbar (resina de árvores fossilizada). Com essa tecnologia, Hammond decide montar, secretamente, um parque temático em uma ilha deserta na Costa Rica chamada Ilha Nublar. Com o parque quase pronto, mas com problemas financeiros com os investidores, Hammond acaba sendo obrigado a trazer ao parque algumas pessoas para um tour experimental e, com o deslumbre e admiração delas, provar aos investidores que o projeto será um sucesso.

São convidados para a tour as crianças Tim e Lex, netos de Hammond, o paleontólogo Alan Grant, a paleobotânica Ellie Sattler e o matemático Ian Malcolm. Além desses convidados apenas Hammond e uma pequena equipe necessária para a administração e manutenção do parque tem conhecimento sobre os dinossauros. Porém, o que Hammond não contava era que um membro de sua equipe teria revelado seu segredo para uma empresa de genética e que essa pessoa agora trabalha como agente duplo para roubar informações sobre a produção dos dinossauros.

A ganância do espião e a negligência causada pelo otimismo de Hammond, fazem com que a tour saia dos eixos e coloque os personagens em situações desesperadoras de sobrevivência.

Minhas Considerações

Pode não parecer óbvio, mas o gênero do livro é ficção científica e ele se preocupa em nos convencer cientificamente que a tecnologia utilizada para a produção dos dinossauros é perfeitamente possível (mesmo não sendo) e isso nos permite mergulhar de cabeça na história, pois ele não apenas consegue convencer, como me faz questionar até hoje “Posso saber porque não fizeram isso ainda?”.

Dentre os personagens que fazem parte dos convidados da tour, Ian Malcolm tem um papel especial na história, pois ele levanta questões éticas e filosóficas que vão além da sua previsão matemática de que será impossível o parque dar certo. Isso trás uma outra perspectiva ao livro nos fazendo refletir sobre a sociedade, o capitalismo e o ser humano. E eu não esperava encontrar isso nesta leitura, foi uma grata surpresa.

Já fazia muitos anos desde a última vez que eu havia assistido o filme, e resolvi assistir de novo depois de terminar a leitura, e o primeiro filme é bem fiel ao livro, tendo apenas poucas adaptações para se encaixar melhor na mídia cinematográfica. E pelo fato de já ter visto o filme antes, foi muito fácil imaginar os dinossauros e as cenas (me pergunto como seria essa leitura para quem nunca teve acesso ao filme ou representações realísticas de dinossauros em geral).

“Todas as mudanças são como a morte – respondeu ele. – Você não consegue enxergar o outro lado até estar lá.”

Discussão (com Spoilers)

Sendo um programador, queria dizer que me senti bem representado nos momentos em que o autor se preocupa em mostrar e falar sobre a estrutura da tecnologia envolvida, mesmo sendo de forma genérica e superficial. Porém, ao mesmo tempo, não me senti muito bem representado pelo fato do causador de todos os problemas ter sido o programador que desenvolveu o sistema e automações do parque. Triste.

Sobre os outros personagens não tenho muito o que comentar, tanto os adultos quanto as crianças ficam fascinados com o parque e existe uma construção em cima das relações entre eles. Eu diria que a função deles foi mostrar as expectativas que Hammond tinha sobre o parque e do ser humano tentando sobreviver nesse ambiente hostil e desconhecido.

É um livro que eu recomendo para todo mundo, mesmo quem não está familiarizado com ficção científica, pois não é uma leitura complicada. E a nostalgia de reviver essa experiência da minha infância de conhecer o Jurassic Park de outra maneira foi incrível.


Avaliação

Avaliação: 5 de 5.

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Jurassic Park

Jurassic Park

Michael Crichton

ISBN: 978-85-765-7215-2

2015 – Aleph

528 páginas (Pt/Br)

Sinopse: Uma impressionante técnica de recuperação e clonagem de DNA de seres pré-históricos foi descoberta. Finalmente, uma das maiores fantasias da mente humana, algo que parecia impossível, tornou-se realidade. Agora, criaturas extintas há eras podem ser vistas de perto, para o fascínio e o encantamento do público. Até que algo sai do controle. Em Jurassic Park, escrito em 1990 por Michael Crichton, questões de bioética e a teoria do caos funcionam como pano de fundo para uma trama de aventura e luta pela sobrevivência. O livro inspirou o filme homônimo de 1993, dirigido por Steven Spielberg, uma das maiores bilheterias do cinema de todos os tempos.

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