Quinze Dias - Vitor Martins

Resenha | Quinze Dias – Vitor Martins [P. S. Allen]

Olá, sonhadores! Qual o objetivo de vocês quando leem? Você se envolvem com os personagens, encaram tudo de forma realista ou apenas aproveitam a leitura? Eu, por exemplo, quando estou lendo um romance policial super fico ansioso com o que está acontecendo. Ou quando estou de ressaca literária, prefiro ler um young adult, pois me passa a sensação de estarem me contando uma fofoca da vida alheia.

E tem os livros que me abraçam. Aqueles livros em que me identifico com os personagens, sinto as emoções deles, aprendo lições valiosas. E é sobre um livro exatamente assim que quero falar hoje.

“Enquanto penso nisso tudo, sinto que estou perto de descobrir algo grande e esclarecedor sobre mim mesmo.”

Quinze Dias vai contar a história do adolescente Felipe: nerd, gordinho e simpático. Sua vida é tranquila, sem grandes aventuras, algumas chateações, mas até ai tudo bem. A história começa com os planos que Felipe está fazendo para as férias que estão chegando. Porém, tudo muda quando fica sabendo que o vizinho, Caio, pelo qual ele tem um crush vai se hospedar em sua casa por duas semanas. Sem saber o que fazer e como agir perto de Caio, Felipe entra num conflito super engraçado e que rende cenas muito fofas. E nesses quinze dias, Felipe vai aprender que o que está no coração é muito mais valioso do que o que há por fora.

O personagem do Felipe é muito marcante para mim pois ele traz consigo diversos temas importantes: homofobia, gordofobia, baixa autoestima e uma série de outras questões que um adolescente gay, gordo e tímido enfrenta na vida real. A forma como Felipe lida com cada um deles, com paciência e graciosidade é uma lição poderosa para os haters. E durante o livro você acompanha o seu processo de auto aceitação e de se permitir amar sem se preocupar com a forma física ou social.

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O autor brasileiro Vitor Martins, que eu suspeito ser a versão real do Felipe, escreveu a história impecavelmente. Não abordou nenhum tema de forma pesada ou melodramática, forçando uma reflexão ou ponto de vista. Pelo contrário, tudo é abordado de forma bem humorada, leve mas sem deixar a devida importância de fora. Eu acredito que esta foi uma ferramenta essencial para tornar o livro tão envolvente: ele abordou as emoções exatamente como são. Se os personagens estão tristes, a escrita também está. Se os personagens estão passando uma situação hilária isso se reflete nas expressões (CAIO. DE. SUNGA! Essa é a melhor frase do livro kkkk).

Sobre todas as formas de amor e sobre o amor não ter forma, Quinze Dias nos ensina o valor das pessoas, o valor do amor próprio, o quão acima das adversidades nós estamos e que você pode, deve e merece ser amado da forma como você é.

Espero que estejam curtindo o meu mês de TBT’s e que tenham gostado da resenha.

Beijos,

P.S.Allen

“E no fim das contas meu desejo se tornou realidade. Eu não sei se um dia a gente vai se amar para sempre… mas sei que ele gosta de mime eu gosto dele. Eu sempre gostei, na verdade. Mas a sensação é outra depois que eu me abri e me permiti ser gostado de volta.”

P.S.: Quero dedicar essa resenha para a pessoa que eu mais amo, que é o dono desse Blog! Obrigado por ser maravilhoso e por me dar a oportunidade de aprender muitas coisas com você. Eu te amo ontem, agora, amanhã e sempre ❤


Avaliação

Avaliação: 5 de 5.

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Quinze Dias - Vitor Martins

Quinze Dias

Vitor Martins

ISBN: 978-85-250-6315-1

2017 – Globo Alt

208 páginas

Português (Brasil)

Sinopse

Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática.
Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.
Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

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