O Escolhido de Afrodite é o romance de estreia de Thiago Rodrigues.

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Olá, Sonhadores! Neste mês fui convidado pelo autor Thiago Rodrigues para conhecer seu primeiro livro: O Escolhido de Afrodite. Topei na hora, tanto por causa do tema (que gosto bastante), quanto pelo fato dele ser um leitor do blog e ter me escolhido por saber que eu iria me identificar. Mas não se preocupe, não é por causa disso que só farei elogios, será uma resenha justa como faço para todos os outros autores.

“Desde que nasciam, os homens escolhiam os deuses e o faziam para toda sorte de coisas: amar, venerar, – os corajosos e loucos – odiar. (…) Qual não foi a surpresa deles quando passaram a ser escolhidos pelos entes divinos?”

Sobre o Livro “O Escolhido de Afrodite”

Acredito que pelo título fique bem claro que o livro é sobre mitologia grega. E por mais que já existam milhares de histórias inspiradas nesses deuses, é um tema que sempre gera interesse.

E o contexto em que os deuses do Panteão são colocados aqui é um Torneio de batalhas organizado por Zeus para o entretenimento das deidades. A princípio eram os próprios deuses que lutavam entre si, mas por causa de conflitos de interesse, do caos que essas batalhas causavam no mundo e da óbvia vantagem que Zeus tinha sobre os deuses menores, eles decidiram que cada um deveria escolher um mortal para representa-los nesse torneio.

Essa competição acontecia de tempos em tempos e ser um escolhido passou a ser motivo de orgulho para os humanos, em especial para os guerreiros que cresciam treinando para um dia serem os escolhidos. Há mais fatores nesse contexto, mas vou deixar para que você descubra lendo!

Porém, o foco da narrativa está em uma deusa específica: Afrodite. A deusa do amor nunca participou do torneio justamente por não se identificar com violência e com dor que essas lutas causavam. É algo que vai contra todos os seus princípios. Mas sabemos que os deuses gregos são orgulhosos e egocêntricos, mesmo Afrodite. E a partir do momento que seu posto como uma dos 12 deuses do Panteão foi ameaçado a ser substituído no torneio por um deus menor (Morfeu) ela decide voltar atrás e participar também. E, por ser considerada fraca, queria provar para seus semelhantes que ela poderia ser uma ameaça a ser reconhecida.

E nisso Afrodite encontra seu escolhido: Éos. Um jovem que recebeu a atenção da deusa após proteger uma ninfa em nome do amor e da felicidade dela. Mas será que Éos, que é um rapaz comum, conseguiria vencer um torneio de lutas contra outros participantes que provavelmente seriam guerreiros poderosos? E afinal, qual o objetivo desse torneio e o que acontecia com os participantes que venciam ou perdiam? Só lendo para descobrir!

Minha Opinião

Para mim a ideia dessa história foi genial, soa muito como uma mistura entre Jogos Vorazes e Mortal Kombat. Mas o que mais me surpreende é que todo esse contexto é tão bem amarrado e faz tão sentido que parece ser algo que realmente faz parte da mitologia original! Inclusive agora estou me perguntando se não faz mesmo… mas acho que não, pois nunca ouvi falar. Enfim, não tem como não começar elogiando a criatividade do autor e principalmente sua capacidade de fazer um roteiro sem furos, coisas que eu admiro MUITO em narrativas.

Eu não mencionei antes, mas entre os capítulos que narram a história principal, existem capítulos que se passam no passado contando a história de antigos escolhidos que venceram seus respectivos torneios em nome de diferentes deuses. Confesso que a principio isso me causou um pouco do estranhamento, mas eles funcionaram muito bem para ajudar a gente e entender mais sobre o próprio torneio e sobre as personalidades dos deuses. Sem contar que, essas mini histórias são muito interessantes. Minha favorita foi a de Mystólia de Milos, um escolhido de Hefesto. Achei ela incrível!

Só que nisso entra também minha maior crítica quanto a história: muito foi desenvolvido nos personagens dos deuses, mas eu senti falta disso nos próprios protagonistas, Éos e Afrodite. Inclusive também porque livro narra todas as batalhas entre os outros deuses, o que já deixava ambos meio de fora em algumas partes. Isso não seria um problema se eu não tivesse sentido falta de desenvolvimento em Éos principalmente, e essa falta fez com que eu não me conectasse tanto com ele quanto deveria.

Outros livros que podem te interessar:

• Percy Jackson e os Deuses Gregos – Rick Riordan
• As Quatro Rainhas Mortas – Astrid Scholte
• A Guerra da Papoula – R.F. Kuang
• A História da Arte – E. H. Gombrich
• O Filho da Luz – Ramsés #1 – Christian Jacq

Agora, falando do livro em si, o autor me enviou uma edição física muito bem feita e editada (só reparei que os números do índice não batem exatos com as páginas), mas o texto está bem revisado e veio até com um marcador de página. A ilustração da capa é linda e no Instagram do autor tem várias outras feitas em aquarela. Inclusive, eu faço pinturas as vezes também, então não deixe de me seguir no Instagram do blog.

Não podemos negar que todos nós ficamos com um pé atrás com livros de estreia de autores, em especial os que publicam de forma independente ou com editoras menores. Mas eu já provei aqui em outras resenhas que isso é mais um preconceito nosso do que um fato. E esse livro também é uma grande prova disso! Ele é um primeiro livro de causar orgulho no escritor e eu recomendo muito para que você o conheça também.

No momento que estou escrevendo isso ele está disponível no Kindle Unlimited e é mais um motivo para você não perder essa chance se você tem a assinatura. E não sei se o livro terá continuações com histórias de outros torneios, mas potencial para isso com certeza ele tem. E se existir podem ter certeza que lerei também e trarei a resenha para cá!

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Avaliação

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Skoob

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Sinopse

Os homens escolhem os deuses, é o que se diz. Escolhem-nos para amar, vencer batalhas ou serem sábios, para ter boas colheitas ou boas navegações. Para isso, lhes erguem templos e fazem ofertas, preocupam-se em não os irritar ou ofender para que vivam bem. Mas, e quando os deuses escolhem os homens?
Um novo Torneio de Zeus está prestes a começar, e os deuses do Olimpo saem atrás dos seus representantes para esta competição mortal, cuja recompensa é o paraíso. Sem nunca ter participado dos jogos, Afrodite, forçada por seu orgulho, é instigada a encontrar alguém que lute por seu nome.
Mas será que a deusa do amor está preparada para viver tudo que é contrário à sua natureza? E seu escolhido, o jovem oleiro Éos, será capaz de enfrentar todas as dificuldades por amor e lealdade à sua deusa em busca dos Elísios?