Olá, Sonhadores! Depois de muito tempo esperando, finalmente eu fui conhecer pessoalmente uma Bienal do Livro de São Paulo. Eu participei bastante da versão virtual em 2020 (e você pode conferir como foi clicando aqui), mas é claro que uma edição presencial é muito mais empolgante, né? Hoje vou compartilhar com vocês como foi essa experiência e quais livros eu adquiri lá!
Felizmente eu estava de férias do trabalho durante todo o período da bienal (que foi de 02 a 10 de Julho), então os dias úteis estavam livres. Isso foi importante, pois eu sabia que o evento nos finais de semana são muito lotados e, se eu quisesse aproveitar melhor, teria que ir em um dia útil. Porém, eu tive duas problemáticas na minha decisão: (1) eu não sou da capital sou do interior do Estado, e (2) o P.S. Allen também queria ir, mas ele não estava de férias, então precisaríamos ir em um sábado ou domingo de qualquer forma. Sendo assim, decidi ir sozinho na sexta (08), dormir em um hotel e ir novamente no sábado seguinte junto com ele.

Uma das pessoas que eu mais queria conhecer lá era a Monja Coen. Quem acompanha este blog sabe que eu estou sempre trazendo resenhas dos livros dela e que a admiro muito. Por sorte, ela participaria de uma conversa no palco da Arena Cultural e depois ainda estaria no estande da editora Papirus para autógrafos bem nessa sexta-feira! Isso fez com que eu decidisse ir nessas datas de fato.

Pela primeira vez o evento aconteceu no Expo Center Norte. Isso me fez pensar que talvez não ficaria tão lotado no final de semana como era antes. Até porque eu já fui na BGS lá e estava cheio, mas ainda assim as coisas fluíam. Bem, eu subestimei muito o interesse dos brasileiros por livros, porque no sábado estava lotadíssimo. Não dava para andar, muito menos pra entrar nos estandes e comprar alguma coisa. Ainda bem que eu aproveitei bem a sexta-feira, mas foi uma grande decepção para o P.S. Allen que basicamente foi lá a toa.
Isso me fez questionar a forma de venda de ingressos da Bienal. Afinal, você compra um ingresso e pode ir um dia que quiser. Acho que deveria ser como qualquer outro evento onde você compra um ingresso para um dia específico e assim eles conseguem ter um controle melhor do fluxo de pessoas. Não adianta nada o lugar encher com mais gente do que aguenta e oferecer uma experiência terrível para quem foi. O pior é que não vejo ninguém reclamando disso, apenas levam como “normal”.

Porém, uma notícia que tem corrido bastante por aí é referente ao sucesso dessa edição. Tanto no sentido de número de público, quanto de lucro das editoras. Isso me deixa muito feliz, pois sabemos a crise que o mercado editorial vem enfrentando por anos em um país que a educação é deixada de escanteio. Ver tantas pessoas, principalmente jovens, interessados em ler é muito incrível! Inclusive, no sábado, eu assisti a “palestra” (até hoje não sei bem como chamar) sobre a influência que o Booktok vem tendo no mercado. Não é uma plataforma que eu uso, pois não é exatamente o tipo de conteúdo para mim e nem o público que eu procuro, mas esses jovens em algum momento vão amadurecer, começar a procurar por outros tipos de leituras e por aí vai. É uma grande fagulha de start para eles.
E essa foi a única coisa que consegui fazer no sábado, então vamos voltar um dia e falar sobre como foi a sexta. Primeiramente, eu saí de casa cedinho, peguei um ônibus direto para São Paulo e cheguei na rodoviária por volta das 9h20. Eu sabia que existia um transporte gratuito que levava as pessoas da rodoviária para o evento, mas fiquei bem perdido sobre onde pegava. Achei que faltou sinalização na parte de dentro da rodoviária. Tive que pedir informação, fui para o lugar errado de onde me informaram (porque eu sempre faço isso, eu sou bem perdido mesmo), mas depois achei o lugar. A fila estava grande, mas estava fluindo rápido, fiquei uns 20 minutos esperando. Entrei oficialmente na bienal por volta das 10 horas da manhã.

Muito diferente do sábado, neste dia eu entrei (com calma) em todos os estandes. Comi na praça de alimentação (que, como era de se esperar, era caro), fui na Arena Cultural várias vezes durante o dia. A única coisa que não fiz (mais porque eu não gosto) foi tirar fotos nos estandes das editoras. Primeiro que eu estava sozinho e não tinha quem tirasse as fotos para mim, e segundo que os lugares que eles fizeram para tirar fotos nem eram tão legais (e nunca é, nem na CCXP, pelo menos eu sempre acho sem graça). Enfim, eu saí de lá no comecinho da noite (nem fiquei até o fim porque estava exausto) com 7 livros novos! Alguns eu já tinha em mente, outros eu é que fui pego de surpresa na hora e decidi levar.
O primeiro foi o lançamento da Intrínseca, o Modus Operandi da Carol Moreira e Mabê Bonafé que eu estou muito curioso para ler. Depois eu fui no estande da HarperCollins e peguei Os Doze Trabalhos de Hercules da Agatha Christie. Em seguida eu peguei O Livro da Selva de Rudyard Kipling na estande da Ciranda Cultural (Principis). Fui no estande da Globo e vi que eles estavam fazendo uma promoção de Battle Royale. É um livro que faz tempo que quero ler, já tentei uma vez, mas não rolou, mas achei que o preço estava bom e que merecia uma nova chance, então eu comprei. Depois eu fui comprar o Da Negação ao Despertar da Monja Coen, pois eu não estava com nenhum livro dela em mãos para levar para autografar. E como esse eu não tenho e ele foi o assunto da palestra dela, comprei ele no estande da editora Papirus. E por fim, mas não menos importante, enquanto eu xeretava os estandes de livrinhos baratinhos, achei dois títulos que eu ainda não tinha da coleção Hora do Espanto, e eu estava precisando mesmo para dar continuidade a série de resenhas dele aqui no blog.

Uma coisa que por um lado senti falta, foram das lives como na edição virtual. Em 2020 foi bem legal acompanhar os papos e aprendi muito. Numa edição presencial infelizmente não tem como participar de todos. Foi uma experiência bem legal e com certeza irei voltar na próxima edição. Porém, se não mudarem o esquema dos ingressos, irei apenas em um dia de semana mesmo. Inclusive, esqueci de comentar, eles demoraram bastante para liberar os ingressos e divulgarem a programação, para quem vem de fora isso é um problema. Espero que para a próxima edição eles melhorem essas questões.
De resto foi uma experiência incrível, é muito legal estar num ambiente com tantas pessoas que apreciam os livros assim como nós. Se você nunca teve a oportunidade de ir, saiba que vale a pena. E com o sucesso dessa edição com certeza a Bienal continuará existindo por muito tempo!
