Começarei explicando sobre o que eu quero falar, usando o próprio blog como exemplo. Quando eu criei o Leitor dos Sonhos, eu não estava me referindo a ler e interpretar os nossos sonhos de cada noite, muito embora eu tenha brincado com esse significado, criando a imagem do site a partir do conceito de um apanhador de sonhos (ou filtro de sonhos – como você quiser chamar). O nome do blog remete ao sonho como um objetivo, como algo que você deseja conquistar. Neste caso, eu quero ser aquele leitor que lê de tudo, consegue manter suas leituras constantes, aprende algo com cada história, evolui seus conhecimentos e compartilha tudo isso para que outras pessoas também possam ser assim. Este é UM DOS meus sonhos, e aqui estou eu, neste blog, fazendo acontecer.
Dito isso, podemos entrar na parte onde vamos viajar um pouquinho (e provavelmente não chegar a lugar nenhum, mas tudo bem, esse sou eu, prazer!).
Provavelmente você tem algum sonho e, provavelmente, você faz muito pouco (ou nada) efetivo para faze-lo acontecer. Isso é a coisa mais “normal” do mundo. A questão é que: sempre que você vai atrás dos seus sonhos, depara-se com outras pessoas correndo atrás do mesmo sonho. E é NESTE MOMENTO que a coisa pega! Já parou pra refletir sobre como você se sente nesta hora? Eu vou dizer como eu me sinto: eu me sinto apenas mais um, irrelevante. Existem outras novecentos e vinte e sete pessoas atrás da mesma coisa e, muitas delas, muito mais talentosas do que eu. Ou seja, eu concluo que não vou, jamais, realizar tal sonho. E disso surgem outras questões ainda mais profundas e malucas, do tipo: será que isso realmente é um sonho meu ou eu desejei isso porque a sociedade me induziu a acreditar que eu deveria ter esse sonho?
No final das contas não fazemos nada, desistimos, arranjamos outro sonho e repetimos o ciclo. Até começarmos a ficar mais velhos e pensar que é tarde demais pra qualquer coisa, quando na verdade não é, porque se olharmos num todo, não vivemos nem 1/3 da nossa vida ainda. Depois de seguir toda essa linha de raciocínio, e parar para tomar um café, é que eu me dei conta que nada disso importa.
E é AGORA que chegamos na parte onde podemos concluir algumas coisas. Começando por: se você não fizer nada do que quer, nada do que você quer será feito. E se você ler essa frase mais uma vez, perceberá o quão óbvia ela é. E se você adapta-la para: se você estiver infeliz e não fazer nada para mudar isso, você vai continuar infeliz, porque nada vai acontecer milagrosamente para mudar isso sozinho. E por mais que você saiba que, na verdade, isso pode sim, pois há muitas pessoas sortudas por aí, simplesmente temos que partir do princípio de que não somos tais pessoas sortudas. Se fôssemos não estaríamos aqui refletindo sobre isso, estaríamos realizando nossos sonhos da forma mais fácil do mundo e entrando em uma crise existencial sobre não ter sonhos verdadeiros (mas isso é assunto pra outro post).
O jeito que funciona para mim sobre este assunto é: fazer as coisas do meu jeito, no meu tempo. Não tem condições de ficar me comparando com os outros. Até quem você considera melhor do que você, deve ter alguém que ela considera melhor do que ela e assim por diante, até o clico chegar em um leonino que se considere melhor do que todos e terminar. Não ter pressa também é fundamental, resultados nunca são imediatos, e todo mundo aqui já está bem grandinho pra saber que nada acontece quando a gente quer, então resta ter paciência. É importante lembrar também que ao ajudar os outros a realizar os sonhos deles, indiretamente ajudamos a nós mesmos, pois a gratidão vai faze-las retribuir o gesto. E por fim, mas não menos importante, fazer as coisas por prazer, pois são essas coisas que irão, verdadeiramente, te dar um retorno positivo.
[…] publicação aqui eu comentei um pouco sobre a origem do nome do blog, mas vamos recapitular, pois é importante para […]
CurtirCurtir