Olá, Sonhadores! Hoje trago um assunto um pouco fora da temática do blog, mas que está muito presente na minha vida: o reality show Rupaul’s Drag Race. Talvez você também assista, talvez você já tenha ouvido falar, ou talvez você não sabe nem porque está lendo este post. Bem, de qualquer forma eu gostaria muito de compartilhar aqui esse programa e o que me faz gostar bastante dele.
Caso você nunca tenha ouvido falar, Drag Queen é uma arte em que uma pessoa, seja homem ou mulher, se caracteriza com uma estética que originalmente era mais voltada ao feminino, mas que evoluiu e hoje em dia tem muito mais camadas.
E uma dessas Drag Queens que conseguiu um grande sucesso nos EUA a ponto de alcançar públicos mainstreams foi Rupaul Charles. Ele fez diversos programas de TV durante sua carreira até que em 2009 iniciou o projeto de Rupaul’s Drag Race, um reality show para Drag Queens!

Provavelmente você conhece Reality Shows, existem diversos tipos que vão desde competições puramente sociais como o Big Brother, até programas mais competitivos e que exigem talentos mais específicos como Master Chef. Drag Race é mais parecido com o segundo caso, as competidoras precisam passar por provas onde devem mostrar que tem o talento necessário para serem coroadas como a melhor Drag Queen.
Essas provas do programa são bem variadas e exigem bastante das competidoras, pois afinal ninguém é bom em tudo e, pra mim, é isso o que faz tudo ficar mais interessante. Por exemplo, uma das provas sempre envolve design e costura de roupas, outra envolve atuação e improviso, outra prova pede talento em dança, outra comédia e por aí vai. Então você pode ser uma costureira muito boa e ganhar a prova de costura, mas ser uma dançarina péssima e correr o risco de ser eliminada do programa. Pois em cada prova sempre tem a escolha de uma vencedora e das duas priores participantes para passar pelo Lip Sync e ser eliminada.
Os Lip Syncs são os ápices do programa. É um entretenimento muito clássico feito pelas drags que consiste em dublar uma música no palco como se elas mesmas estivessem cantando. É uma das coisas mais valorizadas em uma drag Queen e por isso é usado como método de escolha de quem fica e quem sai. As duas priores competidoras de cada prova precisam fazer juntas o lip sync de uma música e quem se sair melhor continua na competição, enquanto a outra é eliminada.

Atualmente o reality está na décima quinta temporada nos EUA, mas já tem franquias em muitos outros países como o Reino Unido, Espanha, Canadá, Itália, França e etc. Inclusive tem spin offs como o All-Stars que são temporadas compostas por ex-participantes que voltaram para mais uma tentativa. E existem boatos que logo logo a franquia chega ao Brasil. Será?
Para mim Rupaul’s Drag Race é o puro suco do entretenimento LGBTQIA+ e fico feliz que algo da nossa bolha esteja ganhando dimensões tão grandes e alcançando públicos de fora. Eu sinto que é algo que pode fazer com que pessoas que carreguem (mesmo que inconscientemente) algum preconceito passem a ver nossa cultura com outros olhos. Apesar de algumas polêmicas que o programa passou em sua trajetória, ele sempre deu espaço para as participantes compartilharem seus traumas, suas experiências de vidas, suas dificuldades para que o público visse que por trás de todo o glamour de uma Drag Queen pode ter uma história complicada que não deveria mais se repetir.